sábado, 17 de dezembro de 2011

Original, exclusivo e autêntico


  • uma cena frequente nas vidas das gentes:
  • entre os muitos caminhos que nos são oferecidos,
  • há sempre um momento de decisão,
  • um clímax que implica em uma única e tão somente
  • escolha
  • e justamente o que parece uma benção
  • [termos tantas opções]
  • pode muito ser a nossa maldição:
  • ou permanecemos na cama que nos aquece e conforta
  • ou levantamos e seguimos para o trabalho.
  • ou percorremos o caminho reto
  • o mesmo, que já fazemos de olhos fechados,
  • sem surpresa nem desvio
  • ou optamos por aquele outro que nos provoca a cada curva
  • ...

  • e é bem isso que sugere este comercial português
  • uma declaração em forma de vaticínio:
  • um dia podes acreditar que tens de ir para onde toda a gente vai
  • ...
  • [pausa para o esgar de terror!]
  • ...
  • [e mais uma para o slogan, tão genial quanto enxuto na provocação vital que encerra]
  • ...
  • "mantém-te original!"
  • fabuloso! como dizem, muito precisamente, os portugueses
  • e muitos urras - e é pique, e é pique!-
  • à recusa da profecia rotineira e cinzenta dos dias!
...

  • à propósito deste mesmo anúncio,
  • revisitei esta declaração do escritor Neil Gaiman
  • [um conselho para novos escritores,
  • que funciona à perfeição para os que, como eu,
  • encontram-se na encruzilhada das escolhas]: 

"Comece por contar as histórias que só você pode dizer. Haverá sempre pessoas muito melhores que você em fazer isso ou aquilo - mas só você é o único você! Tarantino, por exemplo - você pode criticar tudo o que Quentin faz - mas ninguém escreve tarantinamente como o próprio Tarantino. Ele é único e fiel ao seu próprio ponto de vista - sempre mutante - mas seu, exclusivo, individual. Há escritores muito mais inteligentes e talentosos aí fora; um sem fim de pessoas mais competentes do que eu em muitas áreas. Isto não é modéstia ou humildade. É a realidade! Mas não há ninguém melhor ou mais capaz do que eu para escrever uma história de Neil Gaiman."

    *







    * seguindo o conselho de Gaiman, reescrevo este post, de uma forma muito minha - lucienisticamente - sintética e definitiva: seremos sempre nossas melhores escolhas. 

    ** e haja coragem!

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