sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O paraíso bem aqui, ao alcance das mãos


quando meus filhos querem meu chamego sabe o que fazem? deitam-se no sofá, na cama, na rede... deitam e me chamam bem docinho: "manhê, vem me amar?" e fazem umas carinhas sedutoras, fecham os olhos, sorriem, entregam-se, encolhem-se e se preparam, antecipando o prazer. eu vou chegando, de mansinho, amassando, beijando tudinho. "deixa eu ver se estão aqui os dedinhos" - beijo um a um e vou contando. depois vou para o umbiguinho - "deixa eu ver que gosto tem hoje. humm, feijão, bolo, tomatinho... ei, que é isso, bala? quem te deu balinha?" vou tateando com os lábios, conferindo, confirmando, insuflando o pulmão com seus cheirinhos. já prestes a explodir de amor, vem o outro e reclama - "e eu? não ganho uma 'amadinha? 'cê nem me amou hoje, mãe, nadinha.." e assim vou, de um a outro. nem canso... dureza vida de mãe, sabe?





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* teclando com uma amiga distante, relatando as pequenezas que preenchem meu dia, vou confirmando que a poesia, como o amor, podem estar ao alcance das mãos...

2 comentários:

  1. Nossa Lu, que coisa mais linda***

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  2. ai k vontade k deu .. queria um cheirinho teu agora tbm.. oras bolas!
    andrea hostins

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