domingo, 9 de janeiro de 2011

De alma nova

  • Esta música está sempre por aqui enquanto escrevo/leio/cozinho...
  • É da franco-israelense Yael Naïm (nascida na Tunísia, mistura das boas) e se chama New Soul - Alma Nova.
  • Não é recente. Já foi até trilha de comercial do macbook air - coisa de um século antes dos i-phones e i-pads (... não parece?)
  • Estava com sua melodia nos ouvidos ao reler a última entrevista dada por Gabrielle Chanel (criadora de um estilo e do império Chanel) à revista New Yorker, poucos dias antes de sua morte.
  • Em um trecho, ela diz à reporter: 

"Preciso lhe dizer uma coisa importante! A moda é sempre da época em que se vive. Não é uma coisa independente. Mas o grande problema, o problema mais importante é rejuvenescer as mulheres. Fazer as mulheres parecerem mais jovens. Então elas vêem a vida de modo diferente. Elas se sentem mais alegres. Não sou professora. Emito minhas opiniões mansamente. Elas são verdades para mim. Não sou jovem, mas me sinto jovem. No dia em que me sentir velha eu irei para a cama e lá ficarei. J'aime la vie! Acho viver uma coisa maravilhosa."

  • Coco Chanel morreu aos 88 anos, em um domingo, 10 de janeiro de 1971 (há 40 anos, sacou a homenagem?).
  • Ela deitou-se na cama usando um tailler de tweed, blusa branca e voltas de pérolas no pescoço. Descalçou os sapatos rasos (não porque estivesse velha, mas porque adiantavam seu passo) e os colocou alinhados ao lado da cama.
  • Então, sentindo que sua hora havia chegado, chamou a criada e disse: "Morrer é assim", morrendo em seguida, de modo tão elegante quanto viveu.

  • Danada, até o último momento procurou nos indicar os caminhos do que virá, do que é novo! (Afinal, quem nunca se perguntou: - ... Morrer. Como será?)

  • E de pensar na vida e obra de Mlle. Chanel, ouvindo a canção de Yael, desejo para mim - e para você:

a alma sempre nova, em todos os tempos e até o fim!


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